Funcionários da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal perceberam que logo após o feriado de Carnaval, um dos computadores utilizados para distribuir arquivos relacionados à Operação Zelotes estava apresentando um comportamento estranho, pois surgiam diversos atalhos no sistema sem que qualquer comando fosse executado.
O computador localizado no setor de Atendimento e Informação Processual era utilizado por advogados e jornalistas que copiavam informações da operação utilizando mídias removíveis como pen drives e discos externos. Somente após um dos advogados reclamar que os seus arquivos haviam sumido da unidade é que foi aberta uma Ordem de Serviço para analisar o equipamento, onde constataram a presença de um Trojan, ou na tradução, um Cavalo de Troia.
Normalmente a finalidade deste tipo de ameaça é permitir o acesso do invasor com a abertura de portas para comunicação remota. Em alguns casos essa comunicação também permite a execução de outros malwares ou ainda a transferência de informações, que podem acontecer de forma imperceptível ao usuário afetado. Por isso é de suma importância manter um sistema de proteção contra pragas virtuais com as últimas definições de vírus atualizada para pelo menos reduzir a chance deste tipo de ataque. É óbvio que um bom antivírus é apenas parte de um conjunto de soluções que poderiam evitar este tipo de problema.
Outro ponto interessante é que outras pessoas podem estar com o seu computador comprometido, caso o Cavalo de Troia não tenha sido detectado pelo antivírus ao inserir essas mídias removíveis infectadas.
Como se trata de um computador compartilhado com diversos usuários, é bastante provável que a infecção tenha se dado pela inserção de uma mídia de usuário já infectada, mas se tratando do atual cenário político do país, não podemos garantir nada. Caberá aos analistas rastrear a origem desta infecção e tomar as medidas corretivas necessárias para evitar maiores transtornos em algo tão crítico como essa operação da Polícia Federal.
Fontes consultadas: Empresa Brasil de Comunicação
Texto: Roberto Henrique – Analista de Seg, da Informação – ABCTec