Circulam pelas redes sociais alguns links que permitem o download de arquivos contendo parte dos dados vazados na sequência de ataques realizados por membros ligados ou que simpatizam com o Grupo Anonymous no Brasil.
Entre os dados expostos, estão informações pessoais do prefeito e do governador carioca Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão, respectivamente. Também foram divulgadas informações do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, do ministro dos Esportes, Leonardo Picciani e do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Os empresários das empreiteiras Odebrecht, Carioca Engenharia e Queiroz Galvão também estão na lista vazada.
Os sites atacados pelo grupo de ativistas foram:
- Comitê Paralímpico Brasileiro (gestaorecursos.cpb.org.br/);
- Ouvidoria da Polícia do Governo do Estado do Rio de Janeiro (ouvidoriadapolicia.rj.gov.br);
- Portal de Base de Dados sobre o Rio (portalgeo.rio.rj.gov.br);
- Instituto de Segurança Pública (isp.rj.gov.br);
- Companhia Municial de Limpeza Urbana (comlurbnet.rio.rj.gov.br);
- Programa Internet Comunitária (internetcomunitaria.rj.gov.br).
Alguns permanecem offline desde o início dos ataques, realizados a quase uma semana e não se sabe ao certo exatamente o volume de dados que podem te sido capturados durante a operação. Certo é que as ações deverão permanecer até o fim das Olimpíadas.
A seguir, um trecho da declaração do grupo sobre as motivações dos ataques:
“Olá, Rio de Janeiro. Sabemos que muitos já compreenderam o quão prejudicial foi (e continua sendo) a realização dos Jogos Olímpicos na cidade. A imprensa vende a ilusão que toda a cidade comemora e festeja a recepção de turistas de todos os cantos do planeta, muitos deles atraídos pelas redes de prostituição e drogas a preço de banana. Essa falsa felicidade esconde o sangue derramado no subúrbio da cidade, principalmente nas favelas, graças às incontáveis incursões policiais e militares sob pretexto de uma guerra mentirosa. A pobreza se alastra por toda a cidade, forçando famílias inteiras a saírem de seus lares e bairros tradicionais por conta da alta nos preços dos aluguéis e/ou remoções feitas por uma prefeitura corrupta e que atende apenas aos desejos da construção civil. Já manifestamos em outros comunicados nosso repúdio à realização de megaeventos em meio ás desigualdades sociais gritantes neste país. Mesmo assim, mesmo após tantas palavras, tantos manifestos ou protestos realizados nas ruas (todos sempre totalmente vigiados pela repressão, quando não reprimidos com brutal violência) o governo parece que vai seguir ignorando as vozes de seu próprio povo. Por isso mesmo, daremos continuidade às nossas operações que visam desmascarar as inúmeras ações arbitrárias daqueles que são Estado e, por conseguinte, inimigos de sua própria população.”
Fontes consultadas: Sputniknews / Canaltech
Imagens: Anonymous
Texto: Roberto Henrique – Analista de Seg. da Informação – ABCTec