A pirataria involuntária de software resulta, muita vezes, da incapacidade da empresa em controlar seu parque de software. Caso a pirataria seja identificada, a empresa pode sofrer as consequências judiciais cabíveis. Este artigo apresenta como a solução ADOTI pode auxiliar na gestão dos softwares adquiridos.
Apesar da redução de três pontos percentuais observada nos dois últimos anos, a taxa de software para PC instalado sem a devida licença ainda alcançou o patamar de 50% no Brasil em 2013, segundo a Pesquisa Global da BSA (The Software Alliance). Esta taxa é muito elevada, principalmente se comparada aos 19% medidos na América do Norte.
As consequências deste alto índice de uso indevido de software são dramáticas para o país, tanto em termos de perda de rentabilidade e oportunidades de desenvolvimento da indústria nacional de software quanto em termos de perdas de arrecadação tributária. A utilização de softwares não licenciados impacta também na eficiência da TI, pois as empresas frequentemente não alcançam todos os benefícios que os sistemas de computação poderiam oferecer já que não possuem suporte, atualizações e serviços que asseguram o máximo aproveitamento destes sistemas.
Neste cenário, é importante distinguir as empresas que praticam o uso ilegal de software sem terem consciência deste fato ou sem terem a intenção de tal prática. É o que se pode denominar “pirataria involuntária”. Em geral, esta condição de uso ilegal de software surge da incapacidade da empresa em controlar seu parque de software. Os principais causadores deste descontrole são:
- A empresa adquire licenças de software, mas não possui um controle de uso das licenças, registro dos contratos de aquisições, controle da expiração destes contratos e dos termos de uso das licenças;
- A empresa instala softwares nos seus computadores, mas não monitora o ciclo de vida destes softwares fazendo com que, ao longo do tempo, não saiba que softwares utiliza no conjunto de seus computadores;
- A empresa não possui procedimentos de instalação, desinstalação e atualização de software, fazendo com que não saiba, ao longo do tempo, qual o conjunto efetivo de licenças (e suas versões) em uso na empresa. Tampouco a empresa possui um histórico do que foi feito em termos de evolução de seu parque de software e sobre a real necessidade das licenças adquiridas;
- Também, como efeito do item anterior, a empresa permite que funcionários instalem software considerando que eles teriam ciência e responsabilidade sobre o licenciamento dos mesmos, levando a um desconhecimento ainda maior da situação do conjunto de software na empresa.
Esta incapacidade de controle cria as condições para que softwares sejam usados sem os contratos de licenciamento devidos. Uma das consequências diretas é a possibilidade da empresa ser acionada juridicamente por prática de pirataria de software, podendo incorrer em penalidades elevadas conforme previsto na legislação brasileira. Nestas ocorrências, não é incomum que os dirigentes se sintam surpresos, pois tinham a crença de não praticar ilegalidades com relação aos softwares que empregam.
Com o crescimento da importância na TI nos negócios das empresas, e consequente aumento do volume de recursos técnicos empregados, políticas e procedimentos de controle dos softwares utilizados tornam-se essenciais. Deve-se entender que há uma forte dinâmica na utilização de softwares, envolvendo compras de licenças, renovações de contratos, serviços de suporte, customizações, instalações e atualizações, que ocorrem no cotidiano da TI.
Esta dinâmica leva a uma complexidade de controle que exige, além de políticas e procedimentos na TI, o emprego de sistemas de gestão dos ativos de software da empresa, denominados SAM – Software Asset Management. Os sistemas de gestão oferecem aos gerentes de TI informações precisas em tempo real a respeito de seu parque de software incluindo o controle de licenças e contratos e, também, informações gerenciais sobre a real utilização destes softwares. Além de eliminar os riscos de pirataria involuntária, os sistemas SAM podem trazer grandes economias em contratos de licenciamento de software e levar a um uso muito mais racional dos recursos oferecidos pela TI.
Uma solução moderna produzida no Brasil para o gerenciamento de ativos de TI é o sistema ADOTI. Ele oferece um conjunto de funções integradas para o controle dos softwares adquiridos e utilizados na empresa, incluindo:
- Registro das licenças e contratos de software adquiridos;
- Inventário rigoroso de todos os softwares existentes em todos com computadores da empresa;
- Controle de licenças de software adquiridas versos licenças em uso;
- Monitoração de utilização dos softwares pelos usuários;
- Relatórios analíticos e dashboards;
- Ferramentas de instalação, desinstalação e atualização remotas de software.
Com o emprego do sistema ADOTI, aliado a uma política de uso de software, a empresa terá conhecimento em tempo real de todos os softwares em uso no seu parque de TI e a situação de suas licenças e contratos com os fornecedores. Não apenas elimina-se a possibilidade de ocorrência de pirataria na empresa, mas, principalmente, criam-se as condições para um uso muito mais racional dos recursos de software. Além do gerenciamento de software, o sistema ADOTI também realiza o gerenciamento da infraestrutura de TI oferecendo uma solução integrada de ITAM – IT Asset Management.
Fontes consultadas: ADOTI
Imagens: ADOTI / Pixabay / Flickr
Texto: Andressa Caroline Portes da Cunha – Esystech