A temporada de presentes de final de ano, que começa nesta sexta-feira (27) com a Black Friday, é vista pelo varejo como uma grande oportunidade para deixar a crise para lá. Mas para os hackers, o aumento no interesse pelas compras online também é uma ótima chance para lucrar por meio do roubo de dados de usuários incautos e uso de soluções para sequestrar máquinas ou aplicar golpes.
De acordo com dados da F-Secure, no ano passado houve um aumento de mais de 300% no número de ataques desse tipo e a tendência é que isso continue em 2015. Agora, a principal modalidade a ser utilizada pelos criminosos é o ransomware, softwares maliciosos que sequestram os computadores ou smartphones dos usuários, pedindo dinheiro em troca da liberação.
Entre as diversas modalidades desse mal, a mais popular é o Browlock, que finge ser um bloqueio policial para ganhar credibilidade e levar as vítimas a efetuarem o pagamento sem demora. Utilizando uma tela que traz insígnias e dados de autoridades como Polícia Federal ou departamentos locais, os hackers exibem mensagens afirmando que o usuário foi detectado como autor de atividades ilegais e teve sua máquina travada até o pagamento de uma multa.
Os especialistas em segurança afirmam que, apesar do fluxo maior de usuários durante a Black Friday, Cyber Monday e nos dias que antecedem o Natal, os hackers devem permanecer atacando durante todo o mês de dezembro. Para eles, qualquer oportunidade é válida e ao mesmo tempo em que a temporada de compras não é mais nem menos segura que qualquer outra data no ano, o aumento do interesse dos clientes acaba tornando o período muito mais lucrativo para os criminosos.
Para quem quer se proteger, a F-Secure dá algumas recomendações. Navegue apenas por sites confiáveis e evite clicar em ofertas recebidas por e-mail ou mensageiros instantâneos, principalmente quando elas parecerem boas demais para ser verdade. Utilizar dispositivos móveis para navegar em ofertas também é uma boa, já que, no Brasil, boa parte dos malwares ainda têm o PC como alvo. Por fim, na hora da compra, utilize apenas conexões seguras e nada de passar dados de cartões de crédito utilizando redes públicas como em cafés, shoppings e outros estabelecimentos comerciais.