Já é uma tradição a criação de golpes virtuais utilizando datas comemorativas ou eventos de grande interesse público como isca para atrair os usuários mais desavisados. E claro, a Páscoa não ficaria de fora dessa tendência.
Agora no início do mês de Abril, uma empresa de soluções de segurança para dispositivos móveis, a PSafe, registrou aproximadamente 1,5 milhões de bloqueios de uma tentativa de golpe que está sendo disseminado pelo Whatsapp, utilizando o nome da empresa Kopenhagen em uma falsa promoção que daria um Ovo de Páscoa Língua de Gato aos 1000 primeiros consumidores que respondessem a pesquisa e a compartilhassem com 10 amigos.
Em resumo o golpe funciona assim: O usuário recebe via Whatsapp uma mensagem com foto informando que a Kopenhagen estaria dando gratuitamente 1000 Ovos de Páscoa Língua de Gato de 500g. Para isso o usuário precisaria acessar o link presente na mensagem para responder uma pesquisa. Ao abrir o link, o usuário é direcionado para um site até bem elaborado onde ele terá que responder a três simples perguntas. Feito isso, o usuário precisa clicar no botão “Compartilhar no Whatsapp” e selecionar 10 pessoas. Ele não permite avançar, sem que as 10 pessoas sejam selecionadas para também responderem à pesquisa.
Concluído o compartilhamento, o usuário clica no botão “RESGATAR OVO DE PÁSCOA”. E ai é que está o grande perigo, pois para receber o tal presente, é necessário fornecer uma série de informações pessoais por meio de um cadastro em um site classificado como malicioso, que pode ainda instalar algum programa sem autorização no sistema.
Lendo os comentários de quem acessou a falsa pesquisa, fica claro como ainda precisamos reforçar a conscientização dos usuários sobre o risco de serem enganados em golpes que utilizam as mesmas velhas táticas para enganar suas vítimas. Apenas nas primeiras 24 horas, 300 mil usuário acessaram o link, segundo a PSafe.
Além deste golpe do Ovo de Páscoa, outros ainda continuam sendo compartilhados nas redes usando temas como FGTS ou o nome de empresas como o Boticário. Todo o cuidado é pouco e isso não deve apenas ser uma preocupação pessoal, com os celulares de familiares. As organizações precisam estar atentas a estes tipos de ameaças, pois é prática comum permitir que celulares pessoais sejam utilizados nas redes corporativas e dependendo do tipo de código malicioso que possa ter infectado o dispositivo, toda a rede poderá ser comprometida.
Fontes consultadas: Olhar Digital / PSafe
Imagens: Pixabay / Whatsapp
Texto: Roberto Henrique – Analista de Seg. da Informação – ABCTec